A primeira coisa que notei, ja logo no portão, foram os rostos: cansados e jovens, que triste combinação. Todos ansiosos, ambiciosos e complexos. Eu nunca seria capaz de entender tudo que estava passando na cabeça de todos aquelas jovens.
Eu estava em frente a um dos melhores colégios do Brasil, na esperança de passar na prova de seleção para o terceiro ano do ensino médio. Como sempre, não tinha estudado o suficiente e o arrependimento batia a cada momento que pensava naquela prova de 20 questões de matemática. Acho que isso e uma características dos jovens chatinhos de classe media, sempre pensando que vai dar tudo certo, pra que se esforçar tanto? Tudo tem seu jeito.
Enquanto isso, pessoas de todo o Brasil vinham ate a minha cidade, esperançosos por um futuro promissor.
Durante a prova vi pessoas chorando, soluçando, algumas quase a ponto de vomitar, e isso, mas do que normalmente, me fez refletir. Refletir sobre o porque fazemos o que fazemos. Por que viajar de ônibus quase 600 km para fazer uma prova de seleção? Porque estudar virando noites? Porque tanta cerimonia?
Se eu fizesse essa pergunta para qualquer de meus companheiros, que passaram horas e horas sentados com a bunda suada na cadeira para provar que sabem fazer algumas contas, a respostas seria simples: para conseguir um emprego, para ter um futuro.
Mas porque para se ter um futuro e preciso fazer o que fazemos?
Esse tipo de coisa azucrina minha cabeça, enquanto eu deveria estar pensando no bloco matemática, mas suponho que isso e coisa minha mesmo.
Enfim, a resposta para esse dilema e tão simples quanto a resposta desses jovens: fazemos o que fazemos porque alguém nos manda fazer.
Estamos la, nos concursos, nos cursinhos, nas escolas que pouco ensinam a não ser algumas matérias escolares, estamos nesses lugares e odiamos cada segundo, mas estamos la. Nossos pais fizeram e nada mais juntos que façamos também.
Estamos la porque nos mandam estar, nos ensinam logaritmos, o complemento nominal, revolução francesa, mas nada disso importa se você não tiver um propósito de vida.
Mas como saber seu propósito de vida? Ora, você sabe diferenciar o reino monera dos protistas mas não sabe o que vai fazer pro resto da vida? Engraçado.
domingo, 20 de setembro de 2015
Direito ou Medicina?
Nenhum dos dois.
A verdade e que sempre fui conduzida a pensar sobe essas profissões como ideais. Desde quando a palavra vestibular martelou pela primeira vez na minha cabeça sempre me falavam que tinha talento para Direito: tenho uma boa capacidade de argumentar e escrever e por isso essa proficao era pra mim. Ok, mas e ai? E se não for pra mim? Porque essa necessidade de diminuir outras profissões baseando-se no salário recebido? Em que mundo capitalista e burguês pousamos para colocar o dinheiro a frente de nossas preferencias?
Esse blog e direcionado a todas as pessoas que almejam a descoberta do seu próprio ideal, para aqueles desesperados por entendimento, para os presos nas expectativas familiares, para todos que quiserem ouvir e para mim, a maior perdida de todas.
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